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Novembro 16
Visita de estudo ao Cemitério dos Prazeres
 

E se de repente a sua professora, de Área de Integração, lhe propusesse uma visita de estudo ao cemitério? Mesmo tendo uma designação favorável, “cemitério dos prazeres”, não acharia no mínimo estranho? As turmas P48, P50 e P51 reagiram com apreensão mas acederam à sugestão e no passado dia 3 de novembro realizaram uma visita guiada, orientada pelo historiador Licínio Fidalgo, à cidade dos mortos.

No decorrer da visita de estudo a morte foi abordada num duplo sentido, individual e coletivo, ou seja, a importância que os homens lhe têm concedido, ao longo dos tempos, é visível nos numerosos vestígios encontrados em campas e jazigos, assim como testemunham a atitude perante a morte, denunciado a mentalidade própria de cada geração. Exemplo disso, foi o facto de várias personalidades da nossa história terem escolhido os prazeres para o descanso eterno, como forma de prolongar o seu estatuto para além da vida e que permanece vivo o seu legado.

A visita de estudo contribuiu, também, para esclarecer questões da nossa vida prática quando confrontados com a perda de um familiar, por exemplo, quem paga o funeral em situação de escassos recursos económicos.
Globalmente, a iniciativa a um espaço invulgar de visita de estudo e ligada ao desgosto e sofrimento, correu muito bem, servindo para alargar horizontes sobre um assunto que ainda é um tabu na sociedade – a morte.
 

Painel de Fotografias Cemitério dos Prazeres.jpg

 

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